Lula traiu e está sendo cancelado por sua própria militância. "Diversidade ficou na rampa"

Ao selecionar um candidato para ocupar a vaga disponível no Supremo Tribunal Federal (STF) devido à aposentadoria de Rosa Weber, o atual presidente Luiz se tornará o primeiro chefe do Executivo a escolher reduzir a presença feminina na Corte.

Isso marca um contraste com seu primeiro mandato, quando Lula adotou uma abordagem oposta, aumentando a representação feminina de uma para duas integrantes durante o período inicial de sua gestão no STF.

O STF passou 109 anos sem nenhuma ministra: desde quando foi criado, em 1891, até 2000, quando Ellen Gracie foi indicada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Ela também foi a primeira mulher presidente da Corte, entre 2006 e 2008.

Em 2006, no seu primeiro mandato, Lula indicou Cármen Lúcia para a vaga aberta com a aposentadoria de Nelson Jobim. Com isso, pela primeira o STF passou a ter duas mulheres em sua composição.

Agora em seu terceiro mandato, Lula teve duas oportunidades de realizar indicações de mulheres. Em ambas as ocasiões, optou por selecionar homens: Cristiano Zanin e Flávio Dino. Não há previsões de mais substituições até o término de seu mandato, uma vez que o próximo ministro a se aposentar será Luiz Fux, em 2028.

Em setembro, o presidente já havia anunciado que não consideraria critérios relacionados à raça ou cor na escolha do próximo ministro do STF.

A tão prometida diversidade, anunciada por Lula e destacada em sua campanha eleitoral para angariar votos, parece ter sido esquecida em suas decisões. A falta de inclusão de mulheres em seu governo e a preferência por indicações masculinas deram origem a um sentimento de traição entre parte de sua base, especialmente aqueles comprometidos com essas questões, resultando em cobranças ao líder da esquerda.

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