Fechamentos de Fábricas Aprofunda Crise no Brasil e cidade pode colapsar

O Brasil enfrenta um novo ciclo de fechamento de indústrias, com impactos diretos no emprego e na economia local. Em diferentes regiões, fábricas de grande porte anunciaram encerramento de atividades, levantando preocupações.

Em Guarulhos (SP), a Michelin comunicou que encerrará até dezembro de 2025 sua unidade dedicada à produção de câmaras de ar, pneus industriais e produtos semiacabados. A empresa aponta como principal causa a forte concorrência de importados asiáticos a preços mais baixos, o que inviabilizou a operação. Cerca de 350 trabalhadores serão afetados.

No interior de Minas Gerais, a cidade de Três Corações vive sua pior crise econômica após o fechamento da fábrica de ração para pets da multinacional ADM, avaliada em até R$ 1,5 bilhão. A paralisação resultará na perda de 780 empregos diretos e cerca de 2 mil indiretos, golpeando uma cidade com pouco mais de 80 mil habitantes e causando efeito dominó no comércio e nos serviços, algo que pode colapsar a cidade.

Já em Maceió (AL), a Braskem confirmou que fechará em janeiro de 2026 a sua Unidade de Cloro-Soda, no bairro Pontal da Barra. A decisão está ligada ao fim da exploração de sal-gema, interrompida após o desastre ambiental que provocou o afundamento de bairros da capital. O encerramento afetará aproximadamente 500 funcionários diretos e 1.300 terceirizados.

O conjunto desses casos expõe a fragilidade da indústria nacional. Enquanto a propaganda oficial do Governo Lula fala em recorde de empregos, a realidade mostra cidades em colapso econômico, multinacionais abandonando o Brasil e setores estratégicos sendo sufocados por políticas que não enfrentam de forma eficaz a concorrência desleal e a perda de competitividade. Aumento sem freio de impostos está entre os principais motivos da crise que se instala.